"Segundo a mitologia grega, 'Phoenix' é um pássaro fabuloso, originário da Etiópia. Reza a lenda que quando a morte aproximava-se, ele fazia uma espécie de ninho com ervas mágicas, plantas aromáticas e ateava-lhes fogo. Das cinzas nascia uma nova 'Phoenix'. Estava assegurada sua descendência.
O Grupo Teatral da FURB é uma 'Phoenix' que renasce a cada ano que passa com novo elenco, onde novos valores se revelam, garantindo assim a continuidade do Grupo."
(Edith Kormann, fundadora do Phoenix)
No dia 06 de março de 1974 um grupo de estudantes da Fundação Universidade Regional de Blumenau, juntamente com a professora de Artes Cênicas Edith Kormann, fundou o Grupo Teatral Phoenix que, desde sua formação, teve o apoio da FURB. Em seu início o Grupo teve, ainda, o apoio do DCE e do jornal O Acadêmico. A estréia do primeiro trabalho do grupo foi premiado com o 1º lugar no VIII Festival de Teatro Amador de Santa Catarina (Troféu Senadinho).
Em 1989 o Phoenix, como ficou logo conhecido, foi integrado à Divisão de Promoções Culturais da Universidade e passou a ser dirigido, no final do ano, por Roberto Mallet. Em 1990 foi a primeira vez que o Grupo Teatral Phoenix participou do Festival Universitário de Teatro de Blumenau, promovido pela própria FURB, rendendo a Mallet o Prêmio de Melhor Ator. Convém salientar o trabalho desse gaúcho que, acreditando na força do teatro, ministrou, durante o período em que esteve à frente do grupo, aulas para a formação de atores, aberto à comunidade e que funcionava como um curso de extensão. Foi a época de maior atividade do grupo frente aos festivais nacionais de teatro, representando a Universidade e arrebatando vários prêmios e indicações.
Depois disso o grupo passou a ser dirigido pelo diretor carioca Valmir Aleixo, e com nova formação de elenco, em sua maioria iniciantes no teatro. Em 1993 o grupo apresentou-se no 7º Festival Universitário de Teatro de Blumenau, como espetáculo concorrente. Após seguiu em turnê por diversas cidades do estado, onde apresentou-se a um público aproximado de três mil pessoas.
Com a saída de Valmir seus componentes continuaram o trabalho montando esquetes numa direção coletiva. No entanto, sem uma direção específica, o grupo sentiu necessidade de aprimorar seu desempenho. Aliás, uma das características comuns aos grupos artíticos de extensão é que seu diretor cumpra também importante papel na formação dos atores. Foi então que, juntamente com a Divisão de Promoções Culturais da FURB, o grupo convidou Paul Weil (diretor argentino) para ministrar oficinas de expressão corporal, vocal e construção da personagem. Com Paul o grupo participou do 3º Encontro Latino Americano de Teatro na cidade de Osorno no Chile, em janeiro de 1994. Sob sua direção o grupo teve ainda um espetáculo convidado a apresentar-se no Festival Universitário de Teatro de Santiago do Chile. No 8º Festival Universitário de Teatro de Blumenau teve indicação para melhor cenário.
Em 1995 assumiu a direção do grupo Paulo Gaiger. A partir de então o Phoenix não mais participou do Festival Universitário de Teatro de Blumenau como grupo competitivo, mas apenas como convidado, numa decisão da Divisão de Promoções Culturais juntamente com o diretor do grupo, levados em consideração os aspectos éticos do envolvimento do grupo com a entidade promotora do festival.
No final de 1997 Paulo Gaiger deixou a direção do Phoenix para ser substituído por Pita Belli. Na sua direção o Phoenix se apresentou como grupo anfitrião, na abertura oficial da Mostra Paschoal Carlos Magno, integrante do Festival Universitário de Teatro de Blumenau, que estava na sua 12º edição.
Em 1999 entrava em cena um grupo de jovens entre 16 e 18 anos de idade, sem qualquer experiência teatral anterior. Repetia-se assim o que já havia acontecido anteriormente sob a direção de Valmir Aleixo: a montagem de um espetáculo para que os novos atores pudessem vivenciar a experiência teatral e, assim, adquirir algum conhecimento que seria de grande valor para a próxima montagem. Com a orientação de Pita Belli o grupo participou também, em 2000, do 28º Festival Nacional de Teatro Amador de Ponta Grossa, no Paraná, onde recebeu sete indicações e Menção Honrosa de Atriz Revelação para Janaína Gottardi.
A partir desse momento o treinamento dos atores do grupo passou a ser focado na área da atuação através de técnicas de construção de palhaço (clown) e de improvisação.
Em 2004 Camila Landon Vio – chilena com extensa experiência na área do teatro incorporou-se à equipe de trabalho e possibilitou que, em 2005, o grupo viesse a ser dividido em dois núcleos: iniciante e avançado. Dessa maneira a pesquisa que vinha sendo realizada na área da atuação poderia ser aprofundada, e os novos integrantes teriam, com Camila, as bases da iniciação teatral.
Em 2008 quem assumi a direção artística do grupo, ainda sob a coordenação do projeto de Pita Belli, é Olívia Camboim Romano.
Atualmente Pita Belli segue na direção artística do grupo, que estréia em breve um novo espetáculo.